sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sol: Inimigo ou Amigo do Nosso Corpo?

É fácil dizer quando o verão está indo embora. Aqueles luais à noite nas margens de um lago ou na praia, acabam por que o outono começa a dar os seus primeiros sinais, o clima muda e chega aquele “arzinho frio”. As longas horas sob o sol quente das praias deslumbrantes cheias de gente, agora transformaram-se em reunioes ao redor de uma fogueira. É evidente que o outono chegou para ficar!

Com a fuga do verão vem as novas tendências, as roupas, os tecidos, sapatos e acessórios são em tons mais escuros. E é nesse momento que devemos ficar atentos, pois assim como no verão, no outono também devemos cuidar da nossa pele e corpo, aproveitar da luz solar que muitas das vezes é considerada como o vilão responsável por manchas, queimaduras e câncer de pele, o sol pode ser um grande aliado da saúde.
Muita gente não sabe mas a falta de exposição à luz solar, é a causa da deficiência de vitamina D que, na forma grave, causa doenças como o raquitismo e osteomalácia. Em casos menos graves, aumenta o risco de alguns cânceres, como o de cólon e de mama, doenças cardiovasculares, hipertensão e pré-eclâmpsia na gravidez.

Além disso, a deficiência de vitamina D aumenta o risco de doenças imunológicas (como esclerose múltipla, artrite reumatóide e lúpus), e, durante a gestação ou na infância, aumenta o risco de o indivíduo desenvolver diabetes tipo 1, no futuro.

Para prevenir todas essas complicações basta que braços e pernas sejam expostos ao sol, três vezes por semana, de quinze a trinta minutos, dependendo da cor da pele de acordo com as recomendações dos dermatologistas.

Essas e outras conclusões estão na dissertação de mestrado da médica endocrinologista Bárbara Campolina Carvalho Silva, que desenvolveu estudo sob orientação da professora Maria Marta Sarquis Soares, junto ao Programa de Pós-graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, onde conclui-se a alta taxa de deficiência de vitamina D entre os brasileiros.

“A luz do sol é a principal ferramenta, e a mais barata, que os brasileiros podem contar para obter a vitamina D (ou colecalciferol), sintetizada pela pele ao receber os raios ultravioleta”, esclarece. Lugares onde há pouca incidência solar, como países do norte da Europa e dos Estados Unidos e Canadá, há políticas de fortificação de alimentos com vitamina D, fato que não ocorre no Brasil.

“Apesar de morarmos em um país ensolarado, estamos perdendo o hábito de nos expormos ao sol. E os alimentos que contêm vitamina D naturalmente são poucos. Já os que contém adição desta vitamina o têm em quantidades muito baixas”, alerta Bárbara Campolina, reforçando que a forma mais fácil de adquirir a vitamina é através do sol, e não da alimentação.

Para a endocrinologista, os brasileiros não se expõem ao sol apenas pelo medo de câncer de pele. “A gente parou de caminhar ao sol para trabalhar. Agora, acordamos cedo, ficamos o dia inteiro confinados dentro de um ambiente fechado e só voltamos para casa à noite”, observa, como forma de alertar para os riscos dessa prática comum em nossos dias.

Recomendações

O ideal para que a exposição ao sol seja terapêutica é que ela ocorra, durante poucos minutos, sem que a pessoa use protetor solar nos membros, mas é permitido passar no rosto e no colo. Também é necessário que ela ocorra entre 10h e 15h, horário que os dermatologistas geralmente falam para evitar o sol. Mas como se trata de uma exposição crônica, toda semana e por um tempo muito curto, os dermatologistas concordam que não há risco à pele e faz bem. Garantindo que isso não aumentaria a incidência de câncer de pele. “O que faz mal é nunca tomar sol e ir à praia uma vez ao ano e exagerar, ficar vermelho, cheio de bolhas. Essa não é uma exposição saudável”, ensina.

Então lembre-se, que assim como no verão você esteve linda e aproveitou o sol agora no outono, em todas as estações, você também deve aproveitar o sol, tirando aquilo que a luz solar pode oferecer de melhor para o seu organismo!

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